AMARYLLIDACEAE

Hippeastrum striatum (Lam.) Moore

Como citar:

Maria Marta V. de Moraes; Miguel d'Avila de Moraes. 2012. Hippeastrum striatum (AMARYLLIDACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

EN

EOO:

433.578,62 Km2

AOO:

100,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie não é endêmica do Brasil (Dutilh; Oliveira, 2012), ocorrendo também na Argentina (Parodi, 1959) e outros paises periféricos. No Brasil, se encontra amplamente distribuída pelo domínio fitogeográfico Mata Atlântica. Foi registrada nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Dutilh; Oliveira, 2012).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Miguel d'Avila de Moraes
Critério: B2ab(iii,iv,v)
Categoria: EN
Justificativa:

Espécie não é endêmica do Brasil, sendo encontradatambém na Argentina e outros países periféricos. No Brasil,está distribuída pelo domínio fitogeográfico MataAtlântica, ocorrendo nos Estados do Espírito Santo, Rio deJaneiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e possivelmente Rio Grande do Sul, Bahia, e Minas Gerais. Apresenta AOO de 100 km². Trata-se de uma espécie com poucas subpopulações compostas por poucos indivíduos. Tem potencial valor no mercado horticultor comoplanta ornamental e para uso farmacológico, uma vez que possui alcalóides isoladoscom atividades anti-tumorais verificadas. O habitat de Mata Atlântica onde ocorre é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevadograu de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana ao longodos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma. De sua área original restam hoje de 7 a 8 %, e as áreas de mata estão cada vezmais isoladas e fragmentadas (SOS Mata Atlântica, 2012). Dessa forma, a maioria das espécies que vivemnesses fragmentos compõem subpopulações isoladas. Para muitas delas, a áreaagrícola ou urbana circundante de um fragmento pode significar uma barreiraintransponível. Embora a espécia esteja presente em três unidades de conservação (SNUC), a persistência das subpopulaçõesnativas não está assegurada e, diante da importância econômica para usomedicinal e horticultural, medidas mais eficazes que assegurem a sobrevivênciadas subpopulações naturais são necessárias.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie altamente polimórfica, apresenta as flores alaranjadas, com variações nesta tonalidade. H. striatum é frequentemente tetraploide, e se assemelha a outra espécie tetraploide que ocorre em regiões costeiras, H. blossfeldiae (Dutilh, 2005).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A espécie tem potencial valor no mercadohorticultor como planta ornamental (Dutilh, 2005). Apresenta potencial usofarmacológico, uma vez que, como muitas outras representantes da famíliaAmaryllidaceae, possui alcaloides isolados com atividades anti-tumorais verificadas (Silva, 2005).

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Espécie com poucas populações, compostas por poucos indivíduos (Biodiversitas, 2005).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: A espécie ocorre em Florestas Estacionais Semideciduais, Florestas Ombrófilas Densas (Floresta Pluvial) e Restingas (Dutilh; Oliveira, 2012).
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry, 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland
Detalhes: Planta herbácea, bulbosa, apresentando deciduidade (Dutilh, 2005). A espécie ocorre em Florestas Estacionais Semideciduais, Florestas Ombrófilas Densas (Floresta Pluvial) e Restingas, associadas ao domínio fitogeográfico Mata Atlântica (Dutilh; Oliveira, 2012). Dutilh (2005) afirma que a espécie floresce na primavera, logo após as primeiras chuvas. A mesma autora afirma que a espécie se reproduz assexuadamente formando vários pequenos bulbos arredondados no entorno do bulbo central.

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced) national medium
A Mata Atlântica, domínio fitogeográfico onde a espécie ocorre é caracterizado pela alta diversidade de espécies e pelo elevado grau de endemismo. A retirada da cobertura vegetal, visando a utilização da área para a agricultura, pastagem, extração de madeira e ocupação humana para agricultura ao longo dos últimos dois séculos causou a destruição da maior parte deste bioma, restando hoje cerca de 7% a 8% de sua área original (SOS Mata Atlântica, 2012). Devido à ocupação urbana e agrícola, as áreas de mata estão cada vez mais isoladas umas das outras, formando pequenas ilhas de vegetação nativa. Desta forma, a maioria das espécies que vivem nesses fragmentos compõem subpopulações isoladas de subpopulações que habitam outros fragmentos. Para muitas espécies, a área agrícola ou urbana, circundante de um fragmento, pode significar uma barreira intransponível (Galindo-Leal; Câmara, 2005).

Ações de conservação (3):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida para a flora do Estado do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).
Ação Situação
1.2.1.2 National level on going
Foi considerada "Em perigo" (EN) em avaliação de risco de extinção empreendida pela Fundação Biodiversitas (Biodiversitas, 2005).
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie possui registros em Unidades de Conservação, como Estação Biológica Alto da Serra de Paranapiacba (SP), Parque Estadual da Cantareira (SP), Parque Nacional do Iguaçu (PR), entre outras (CNCFlora, 2011).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
Alimentício
​Planta amplamente cultivada e utilizada pela industria de horticultura (Dutilh, 2005).
Uso Proveniência Recurso
Bioativo
​Como muitas outras representantes da família Amaryllidaceae, possui alcaloides isolados com atividades anti-tumorais verificadas (Silva, 2005).